Ministério das Cidades autoriza construção de Barreira Sabo em Nova Friburgo
Governo federal anunciou que a obra será executada por R$ 20,13 milhões

O Ministério das Cidades anunciou nesta semana que autorizou a construção de uma Barreira Sabo em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Segundo o ministério, a construção é uma tecnologia japonesa para conter deslizamento e será a primeira do Brasil.
O governo federal ainda informou que a obra será executada com recursos do Orçamento-Geral da União (OGU), no valor de R$ 20,13 milhões por meio do Novo PAC.
Em janeiro deste ano, representantes do Japão e do Ministério do Desenvolvimento Regional avaliaram o local que a Barreira Sabo será construída, atrás do Hospital São Lucas, no bairro Duas Pedras.
Uma das avaliações do local foi realizada em janeiro de 2025 | Fotos: Reprodução/Redes Sociais
O diretor do Departamento de Mitigação e Redução de Riscos (DPR), da Secretaria Nacional de Periferias (SNP), Rodolfo Moura falou sobre a intervenção:
A homologação desta etapa representa um o significativo na redução dos riscos de desastres, como os que ocorrem historicamente na Região Serrana do Rio de Janeiro, reforçando o compromisso do governo federal com a promoção de cidades mais seguras, resilientes e preparadas para os desafios climáticos.
A Barreira Sabo é uma obra-piloto nacional, resultado do Projeto de Aprimoramento da Capacidade Técnica em Medidas Estruturais contra Movimentos Gravitacionais de Massa com Foco na Construção de Cidades Resilientes, conhecido como Projeto Sabo.
O Ministério das Cidades explicou o objetivo dessa construção:
O projeto consiste na avaliação do movimento de massas, com foco na ocorrência de fluxo de detritos, que tem maior poder de destruição que um deslizamento comum. A instalação das barreiras permite a contenção do fluxo de detritos e a redução da área de alastramento do desastre.
A Barreira Sabo é fruto de uma cooperação técnica entre o Brasil e o Japão, com apoio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e teve o projeto firmado com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, homologado pela Secretaria Nacional de Periferias.
O Projeto Sabo teve início em 2018 no Ministério das Cidades e atualmente conta com a colaboração do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), responsável por sua gestão.
A iniciativa também está alinhada com os resultados do Projeto Gides (Gestão Integrada de Riscos em Desastres), finalizado em 2017. Esse, de acordo com o governo federal, foi o primeiro acordo de cooperação técnica entre Brasil e Japão na área de prevenção de desastres e resultou na elaboração de seis manuais técnicos, incluindo diretrizes para obras de contenção e planejamento urbano resiliente.
Ao Portal Multiplix, a Prefeitura de Nova Friburgo lembrou que, em 15 de dezembro de 2021, firmou o Termo de Compromisso de Participação do projeto de cooperação firmado entre os governos do Brasil e do Japão.
O Executivo municipal afirmou também que participou “das etapas de elaboração do projeto, levantamento topográfico, licenciamento ambiental e viabilização do o para futura construção do equipamento”.
Sobre a escolha do local, a prefeitura explica que o município de Nova Friburgo foi eleito o primeiro a receber essas intervenções “por estar mais adiantado em relação ao desenvolvimento das ações pelas equipes técnicas participantes do projeto”. A istração completou:
Foi eleita a localidade situada à av. Antônio Mario de Azevedo, nº 715 - Duas Pedras, Nova Friburgo - RJ, CEP 28630-250 para recebimento das intervenções, já que reúne todas as características necessárias para a implantação das obras de retenção de fluxos de detritos como projeto piloto (...), além de configurar região de grande interesse com o objetivo de mitigar riscos ao Hospital São Lucas, referenciado SUS, à RJ-130 – Terê-Fri, e a todos os imóveis a jusante, no bairro de Duas Pedras.
A Prefeitura de Nova Friburgo ainda informou que um dos próximos os está ligado a um processo licitatório a ser promovido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro:
Ainda não temos informações acerca do início das intervenções (...), uma vez que agora, com a autorização da obra pela União, ainda será necessária a realização do certame licitatório, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, para ulterior autorização de início, não tendo esta istração pública municipal participado da orçamentação e estipulação do cronograma físico-financeiro, o que incumbiu ao estado.
A reportagem também questionou o ministério sobre a possibilidade de ter o projeto em outros municípios do Rio de Janeiro e ainda não obteve resposta.
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